Foi membro da Sociedade Interamericana de Imprensa, sendo eleita, em 1971, no México, vice-presidente regional do Comitê de Liberdade de Imprensa e várias vezes condecorada. Na área de promoção social, assumiu a diretoria da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, foi fundadora da Obra Assistencial do Chame-Chame e sócia benemérita da Obra de Assistência aos Pobres e Menores Vendilhões da Paróquia de Nazaré.
Regina Simões impulsionou o jornal, fortalecendo-o como veiculo vocacionado à defesa dos interesses da Bahia, que se manifestava nas horas certas em campanhas memoráveis, desde a República Velha ao movimento de 1930, quando se insurgiu contra o interventor da Bahia.
Há mais de 50 anos no comando do Grupo A Tarde, Regina Simões de Mello Leitão foi um dos principais personagens do processo de redemocratização do Brasil. Além de se opor ao Regime Militar, foi opositora de Antônio Carlos Magalhães quando ele ainda mantinha forte influência na Bahia. Ela sempre deixou claro que a falta de limites do político nunca lhe "desceu a garganta". Quem intermediava essa péssima relação entre os dois, era Jorge Calmon, que fazia de tudo para manter a animosidade entre as figuras políticas como eram. Quando o professor Edvaldo Boaventura assumiu o lugar de Calmon em caráter emergencial, as coisas mudaram. Regina não se importou nem um pouco quando Cruz Rios, por motivos pessoais, resolveu abrir fogo contra ACM, jogando o jornal de vez contra o Carlismo.
São justas as aproximações comparações entre sua aura de agregadora social e a de outras damas da história do jornalismo nacional, como a condessa Pereira Carneiro, de dona Niomar Moniz Sodré, mas também existem similaridade com a norte-americana Katharina Graham, a dona de The Washington Post que colocou abaixo o domínio de Richard Nixon com o episódio do Watergate.
*Texto escrito por Brendon Hilário
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