quarta-feira, 11 de junho de 2014

Luís Gama

Nascido no dia 21 de junho de 1830 em Salvador, Luís Gama foi o descendente de um português fidalgo e uma negra livre. Na sua infância ele foi vendido como escravo para pagar uma dívida de jogo do pai, e foi levado para o Rio de Janeiro com dez anos.

Foi alfabetizado aos 17 anos, e com 18 ele se alistou no Corpo de Força da Linha de São Paulo. Ele se casou com Claudina Gama em 1850, mesmo ano em que ele tentou frequentar o Curso de direito do Largo do São Francisco, local que é hoje a Faculdade de Direito da Cidade de São Paulo. Lá,  sofreu hostilidade por parte dos professores e de outros alunos por conta de sua pele negra. Luís não concluiu o curso, porém o conhecimento adquirido durantes as aulas que ele frequentou permitiu que ele fosse capaz de batalhar judicialmente em defesa dos escravos.

Durante toda sua vida, Luís Gama foi cabo, rábula (advogado que não possuía bacharelado em direito mas tinha permissão para exercer a profissão), escritor, jornalista, entre outros. Junto com Angelo Agostini, ele criou o primeiro jornal ilustrado humorístico de São Paulo, o Diabo Coxo. Também participou de vários periódicos, e ficou mais conhecido por conta de seus poemas satíricos.

Hoje ele é conhecido como um dos grandes expoentes da segunda fase do romantismo brasileiro. Luís Gama foi um defensor ferrenho dos ideais abolicionistas - conseguiu, através de sua oratória, libertar mais de 500 escravos.

Falecido no dia 24 de agosto de 1882, Luís Gama é um exemplo não apenas do bom jornalismo, mas também de superação, ele foi um ex-escravo que sofreu muito preconceito e mesmo assim conseguiu exercer seus trabalhos de advogado, defendendo os escravos e os ideais abolicionistas, e como jornalista, escrevendo seus textos e poemas contra o poder.

*Texto escrito por Lucas Correia



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