domingo, 8 de junho de 2014

Sebastião Nery

O jornalista, escritor e ex-deputado, Sebastião Augusto de Sousa Nery, nasceu no dia 8 de março de 1932 em Jaguaquara, município localizado no Vale do Jiquiriçá, na microrregião de Jequié, Bahia. De 1942 a 1950 estudou no Seminário de Amargosa, e no Seminário Central da Bahia, em Salvador.  Se formou em filosofia na Universidade de Minas Gerais em 1954, em Belo Horizonte e em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito da Bahia. Casado com Maria Beatriz Rabello,Nery é pai de três filhos, Jacques Nery e Sebastião Nery Júnior do primeiro casamento e Ana Rita de Figueiredo Nery do segundo casamento.

Iniciou sua vida profissional sendo repórter d'"O Diário", ligado à  Arquidiocese de Belo Horizonte, até que decidiu seguir carreira política, foi eleito vereador em Belo Horizonte, em 1954, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Deputado estadual, em 1962, na Bahia, pelo Movimento Trabalhista Renovador (MTR-PSB), cassado em 1964 após golpe militar. Em 1982 elegeu-se pelo PDT a Deputado Federal no Rio de Janeiro. Em 1985 lançou-se candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro, e foi vice-líder do PMDB de 1985 a 1987. Foi eleito segundo vice-presidente da seção fluminense do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e secretário da executiva nacional.

Entre a carreira jornalística e política, Nery trabalhou para o semanário Jornal do Povo e tornou-se correspondente internacional de jornais e revistas em Moscou, Praga e Varsóvia. Ao retornar para Salvador foi contratado pelo Jornal da Bahia, em 1958, e no ano seguinte pelo jornal A Tarde, onde fundou o semanário Jornal da Semana.
No Rio de Janeiro trabalhou no Diário Carioca e com o fechamento do jornal, em 1965, a convite de Reinaldo Jardim tornou-se editor político na recém-inaugurada Rede Globo, onde permaneceria até 1970. Fundou e dirigiu jornais em Minas Gerais “A Onda”, Bahia “Jornal da Semana”, São Paulo “Dia Um”. Assumiu uma coluna na Tribuna da Imprensa e, dois anos depois, foi contratado pelo Correio da Manhã. 

Em 1971, juntamente com Oliveira Bastos, fundou o semanário Politika, fechado em 1974 em virtude de problemas financeiros e do rigor da censura. No ano de 1975 assinou pela primeira vez a coluna Contra Ponto, no jornal Folha de São Paulo. Manteve um programa diário de comentários políticos na Rede Bandeirantes. Em 1979, deixou a Tribuna e levou sua coluna para a Última Hora. Participou, juntamente com Jô Soares, da montagem da peça "Brasil da censura à abertura", baseada na série de livros "Folclore Político", escritos pelo próprio jornalista, que traz histórias bem humoradas relativas aos principais personagens da política nacional. 

Foi nomeado adido cultural em Roma e em Paris. De volta ao Brasil, no início dos anos 90, voltou a se dedicar com exclusividade ao jornalismo. Após o fechamento da Última Hora, reassumiu a coluna no Tribuna da Imprensa, que foi republicada no Diário Popular, de São Paulo, na Gazeta de Alagoas, em O Estado do Ceará, na Gazeta do Paraná e em O Estado de Santa Catarina.

Escreveu diversas obras sobre a história recente do Brasil e o folclore político nacional entre elas: Sepulcro caiado: o verdadeiro Juraci, Folclore político e Grandes pecados da imprensa. Atualmente escreve uma coluna diária publicada em jornais de 20 estados; programa de TV na "Rede Minas", conferencista e escritor. Lançou, em 19 de maio, o título "Ninguém me contou, eu vi — de Getúlio a Dilma" (Geração Editorial) sua mais nova obra literária. O livro, que engloba seis décadas de história, forma um arquivo de biografias de grandes nomes da política brasileira, desde Getúlio Vargas até a presidenta Dilma Rousseff. O autor reúne na obra seus melhores textos, revelações e reminiscências, que ajudam a entender o Brasil dos últimos 60 anos.

*Texto escrito por Larissa Ramos

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